Trabalho Temporário

O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial dos países que mais empregam trabalhadores temporários, com 902 mil contratos diários. As três primeiras posições pertencem, nesta ordem, aos Estados Unidos (2,01 milhões); Japão (1,1 milhão); e Reino Unido (1,07 milhão), segundo mostra a Confederação Internacional das Empresas de Trabalho Temporário (CIETT) em sua mais recente pesquisa “The Agency Work industry around the world”, edição 2011.
A África do Sul está na quarta posição no ranking composto por 36 países, lugar antes ocupado pelo Brasil. “A realização da Copa do Mundo naquele país certamente foi responsável por sua ascensão no ranking mundial. A realização de eventos como este impulsiona o setor e abre inúmeras oportunidades de negócio. Esta é a nossa expectativa também para o Brasil”, explica Vander Morales, presidente do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem), filiado a CIETT.
O Trabalho Temporário permite que as empresas ajustem seu quadro de funcionários de acordo com a demanda extraordinária ou sazonal. “A atividade é regida pela Lei 6.019/74, que garante os mesmos direitos de um funcionário efetivo. Os contratos têm duração de até três meses e podem ser prorrogados por igual período”, diz Morales.

Aumento da empregabilidade
O estudo da CIETT mostra ainda que, após uma experiência como temporário, a chance do trabalhador permanecer desempregado é reduzida para menos da metade, de 37% para 15%. No Brasil, segundo a entidade, o percentual de desemprego diminuiu de 19% para 15% após um contrato temporário.
Morales reafirma a importância do Trabalho Temporário para a empregabilidade, pois trata-se de uma modalidade de contratação eficiente para empresas e trabalhadores. “O trabalho temporário é um propulsor profissional, primeiro do desemprego para o emprego e depois, de um contrato temporário para a efetivação”, afirma.
A média de efetivação após uma experiência como temporário no Brasil é de 37,3%, mostra a 4ª Pesquisa Setorial Sindeprestem / Asserttem (2009/2010). Os setores compradores que mais efetivam esta mão de obra são a indústria (49,5%); as telecomunicações (48,5%) e o comércio/varejo (46%).